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A Nazaré é uma das mais belas e pitorescas vilas de Portugal. A sua beleza e carácter único tem vindo a ser registada pelos mais diversos artistas: escritores, pintores, fotógrafos, cineastas.

Mais recentemente, a Nazaré tem estado nas bocas do mundo, por mérito do surfista Garrett McNamara, que desafiou as ondas gigantes da Praia do Norte, ao ponto de ter obtido o Guinness World Record pela maior onda alguma vez surfada, a 1 de Novembro de 2011, com cerca de 24 metros (78 pés). A Praia do Norte tornou-se assim uma das principais atracções da Nazaré na actualidade, recomendando-se que seja visitada sobretudo no Outono e no Inverno, quando as suas ondas atingem dimensões impressionantes.

Mas a fama da Nazaré já vem de longe. A título de exemplo, note-se que um dos primeiros documentários portugueses – Nazaré, Praia de Pescadores – foi realizado na Nazaré, por Leitão de Bairros em 1929. Em 1930, Leitão de Barros viria a realizar também na Nazaré aquela que é uma das obras-primas do cinema mudo Português – Maria do Mar. Este filme de ficção é considerado como uma das mais obras cinematográficas mais relevantes do cinema mudo europeu.

No pós 2ª Guerra Mundial, a Nazaré foi visitada por alguns dos maiores fotojornalistas de sempre, como foi o caso de Henri Cartier-Bresson, Edouard Boubat e Jean Dieuzaide. Curiosamente, o então jovem fotografo Stanley Kubrick também por aqui passou, em 1947, naquele que seria o seu único trabalho fotográfico fora dos Estados Unidos da América, para a revista Look.

A praia a Sul do promontório – a praia principal da Nazaré – é das melhores praias urbanas de Portugal, conjugando beleza natural, águas e areias limpas e a comodidade de estar ao pé de uma vila com todo o tipo de comércio e serviços. A qualidade da praia da Nazaré tem sido distinguida com o galardão Bandeira Azul.

A avenida marginal da praia da Nazaré é um dos grandes pontos de atracção da vila, proporcionando boas caminhadas aos visitantes e locais. Porém, as ruas estreitas do centro histórico que desaguam na marginal merecem ser igualmente percorridas: uma experiência a não perder.

De regresso à avenida marginal, próximo da antiga lota de peixe – hoje centro cultural e posto de turismo – as peixeiras da Nazaré continuam a fazer a tradicional seca de peixe ao sol em estendais. Hoje em dia, esta actividade acaba por ser como que o último vestígio do intenso labor que decorria na praia, antes da inauguração do porto de abrigo da Nazaré em 1983.

O porto de abrigo – velha aspiração do povo nazareno – veio melhorar as condições de trabalho de pescadores e de outros trabalhadores ligados à actividade piscatória. Em particular, o porto de abrigo trouxe novas condições de segurança aos pescadores – significativamente este porto é conhecido como “porto santo”.